Segundo várias experimentações realizadas em animais, a dose de radioterapia a partir da qual podem ocorrer alterações fetais é de 10cGy. Doses inferiores a 10cGy parecem não produzir nenhuma alteração no desenvolvimento fetal, como retardo de crescimento intra-uterino, mal formações ou deficiências mentais. O risco absoluto para o feto nessa dosagem tão baixa é mínimo, e não pode ser diferenciado do risco natural de ocorrer alguma malformação congênita. Entretanto, em um tratamento oncológico, a dose habitual de radioterapia varia de 4000cGy a 8000cGy, portanto muito maior do que a dose mínima necessária para que ocorram anterações no feto. É importante lembrar que os tecidos cerebral e gonadal ainda não estão completamente formados após o final da fase de organogênese e, portanto, são suscetíveis às alterações causadas pela radioterapia mesmo em fases mais avançadas da gestação. Assim, deve-se, sempre que possível, evitar o uso da radioterapia durante a gravidez, pelo fato de a mesma poder causar alterações fetais em todas as fases da gestação