Cortando o mal pela raiz

25/04/2014 14:41

Pode parecer brincadeira, mas o medo excessivo de desenvolver o câncer de mama no futuro tem feito muitas mulheres optar por mastectomia radical. Até aí não haveria problema, porém, a polêmica decisão envolve a retirada das mamas ainda saudáveis. Os dados da doença nos últimos anos também ajudaram a traçar o novo perfil dos pacientes. Pelo menos 15% dos diagnósticos de tumores mamários terminam com a remoção de ambos os seios. Há duas décadas esse índice não ultrapassava os 3%. Numa outra esfera, impulsionadas pelo fator genético, pelas reconstruções cada vez mais sofisticadas e pelas celebridades que aderiram a causa, um crescente número de mulheres busca na medicina preventiva o amparo necessário para a realização da cirurgia. No renomado M. D. Anderson, em Houston, EUA, a procura significativa pela técnica colocou os oncologistas de prontidão. Por aqui não existem estudos sobre a incidência de casos de mastectomia profilática em mulheres saudáveis. Vale considerar que o risco de tumor se desenvolver na outra mama é de 5% ao longo de dez anos.