RM FUNCIONAL parte 2 - como a RNMf escaneia o cérebro?

16/04/2013 20:34

 

A RNMf baseia-se na ideia de que o sangue que carrega o oxigênio dos pulmões se comporta de forma diferente, isso em um campo magnético, do que o sangue que já liberou seu oxigênio às células. Em outras palavras, o sangue rico em oxigênio e o sangue pobre em oxigênio possuem uma ressonância magnética diferente. Os cientistas sabem que áreas mais ativas do cérebro recebem mais sangue oxigenado. A RNMf captura esse fluxo sanguíneo elevado para localizar onde há maior atividade. A medida do fluxo e volume de sangue e do uso de oxigênio é chamada de sinal BOLD (nível dependente de oxigênio no sangue).

O aparelho de ressonância magnética é uma parte cara do equipamento (custa entre US$ 500.000 e US$ 2 milhões), que visualiza o cérebro usando uma combinação de ondas de rádio e um campo magnético incrivelmente poderoso [fonte: Pesquisa de Frost & Sullivan (em inglês)]. O típico scanner de RNM da pesquisa possui uma força de três teslas - cerca de 50 mil vezes mais forte que o campo magnético da Terra [fonte:Universidade de Oxford (em inglês)].

Ao deitar dentro da cavidade cilíndrica de um aparelho de ressonância magnética, ele aponta ondas de rádio para os prótons - partículas eletricamente carregadas nos núcleos dos átomos de hidrogênio - na área do corpo a ser estudada. À medida que o campo magnético atinge os prótons, eles se alinham. Então, a máquina libera uma curta rajada de ondas de rádio, que atinge os prótons fora do alinhamento. Quando isso acaba, os prótons voltam a se alinhar, e à medida que o fazem, liberam sinais que a RNMf captura. Os prótons nas áreas do sangue oxigenado produzem os sinais mais fortes.

Um computador processa esses sinais em uma imagem tridimensional do cérebro que os médicos podem examinar de muitos ângulos diferentes. A atividade cerebral é mapeada em quadrados chamados voxels. E cada um representa milhares de células nervosas (neurônios). A cor é adicionada à imagem para criar um mapa das áreas mais ativas no cérebro.